segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tartarugas marinhas ainda são amaeaçadas por lixo deixado em praias

Jogar lixo no mar ou nas areias das praias mais do que uma agressão ao meio ambiente é uma ameaça à fauna marinha. Dados divulgados pelo Instituto Biota de Conservação, entidade que cuida de animais marinhos em Maceió, Alagoas, mostra que o número de tartarugas marinhas mortas por ingestão de lixo cresce a cada dia. De acordo com técnicos do instituto, as tartarugas confundem plásticos com águas-vivas (principal alimento da espécie), ingerem e acabam morrendo. Nos últimos três anos, a quantidade de tartarugas encalhadas encontradas nas praias da capital alagoana mais que triplicou. Em 2010 o Biota encontrou 20 animais nessa situação, em 2011 já foram 60 e ano passado, 70. Desse total, apenas 11 foram resgatados com vida e somente quatro sobreviveram. As informações deste ano ainda não estão concluídas, mas biólogos do Biota já catalogaram 53 tartarugas encalhadas nas praias de Maceió, a maioria estava morta ou morreu dias depois ser localizada. O mais triste é constatar que a morte das tartarugas por ingestão de lixo deixado pelos banhistas não é um problema apenas de Alagoas. Um estudo realizado na Austrália e publicado no periódico Conservation Biology, em setembro, mostra que as tartarugas verdes estão ingerindo cada vez mais detritos humanos, incluindo produtos de plástico que podem ser letais. A pesquisa levou em conta textos científicos sobre a ingestão de lixo humano no oceano por tartarugas marinhas desde 1985 e concluiu que há registro da ingestão de detritos em seis das sete espécies de tartarugas marinhas do mundo. Todas listadas como espécies vulneráveis ou em perigo. Foram analisados 37 estudos publicados de 1985 a 2012 com informações coletadas de 1900 até 2011. Os resultados mostram que tartarugas em quase todas as regiões ingerem detritos, sobretudo o plástico.

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