quinta-feira, 4 de julho de 2013
Presidiários do Rio de Janeiro irão participar de projeto de psicultura
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) firmou ontem uma parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio do Janeiro (Seap-RJ) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) para treinar e capacitar detentos para trabalharem com o cultivo de peixes. O objetivo da parceria, segundo o ministro Marcelo Crivella, é criar uma alternativa de emprego, renda e reinclusão social para os presidiários.
Esse projeto de piscicultura em unidades prisionais foi implantado pela primeira vez há dois anos na Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG). Os peixes cultivados nesse trabalho serão doados a instituições beneficentes, não governamentais (ONGs), além de escolas, creches e asilos.
Conforme informou Crivella, além de estar preparado para exercer uma atividade economicamente auto-sustentável e deixar o sistema prisional, o presidiário terá redução de um dia no cumprimento da pena para cada três dias trabalhados. Para o subsecretário da Seap, Antônio Camilo Branco, disse que a iniciativa contribuirá com a ressocialização do detento. As penitenciárias do Rio de Janeiro têm 33,5 mil presos, segundo ele. O cultivo de peixes ornamentais será a principal atividade dos presidiários, pela facilidade de manutenção em cativeiro, acrescentou o subsecretário.
O coordenador e professor da Uenf, Manoel Vidal, trabalha há 35 anos com peixes ornamentais afirma que o projeto "vai resgatar um pouco da capacidade, da auto-estima dessas pessoas, para que elas possam buscar informações e voltar a estudar”. Vidal destacou ainda que o projeto proporcionará ao presidiário a oportunidade de mostrar que ele tem capacidade de produzir mesmo em um presídio.
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