terça-feira, 29 de outubro de 2013
Borboleta pré-histórica sob ameaça
Uma das espécies mais antigas de borboleta pode desaparecer definitivamente. O alerta veio de uma equipe de cientistas mexicanos e franceses durante o fórum Green Solutions 2013, realizado na França. Segundo os estudiosos, a borboleta Baronia brevicornis, natural da região Central do México e que conviveu com os dinossauros há 70 milhões de anos corre sério risco de extinção. Os estudos apontam a agricultura, o desmatamento e a poluição como a principais causas para o desaparecimento da espécie.
A Baronia - caracterizada pela cor marrom com toques amarelos e alaranjados - só pode ser encontrada na Serra de Huautla e tudo indica que é a borboleta mais antiga do mundo. A espécie é estudada há aproximadamente cinco anos por pesquisadores da Universidade Autônoma do Estado de Morelos (UAEM), com apoio da Universidade de Toulouse, na França. Agora, o governo de Morelos junto com os estados de Guerrero e Puebla pretendem criar uma área de reserva ecológica de 180 mil hectares que, além de proteger a Baronia, ajudará na conservação de outras espécies de fauna e flora da reserva da Serra de Huautla.
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Baronia brevicornis; borboleta; Serra de Huautla
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Parque dos Três Picos tem área ampliada
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou esta semana o projeto de lei 2.504/2013 que amplia os limites do Parque Estadual dos Três Picos, localizado entre os municípios de Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Teresópolis, Guapimirim e Silva Jardim. Pela nova legislação, o parque ganha 1.930 hectares de mata e deixa de fora uma área composta por construções irregulares. O projeto segue, agora, para a sanção do Governador Sérgio Cabral.A reportagem na íntegra foi publicada no Diário Oficial do Estado de quinta-feira, 24 de outubro.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Tartarugas marinhas ainda são amaeaçadas por lixo deixado em praias
Jogar lixo no mar ou nas areias das praias mais do que uma agressão ao meio ambiente é uma ameaça à fauna marinha. Dados divulgados pelo Instituto Biota de Conservação, entidade que cuida de animais marinhos em Maceió, Alagoas, mostra que o número de tartarugas marinhas mortas por ingestão de lixo cresce a cada dia. De acordo com técnicos do instituto, as tartarugas confundem plásticos com águas-vivas (principal alimento da espécie), ingerem e acabam morrendo. Nos últimos três anos, a quantidade de tartarugas encalhadas encontradas nas praias da capital alagoana mais que triplicou. Em 2010 o Biota encontrou 20 animais nessa situação, em 2011 já foram 60 e ano passado, 70. Desse total, apenas 11 foram resgatados com vida e somente quatro sobreviveram. As informações deste ano ainda não estão concluídas, mas biólogos do Biota já catalogaram 53 tartarugas encalhadas nas praias de Maceió, a maioria estava morta ou morreu dias depois ser localizada.
O mais triste é constatar que a morte das tartarugas por ingestão de lixo deixado pelos banhistas não é um problema apenas de Alagoas. Um estudo realizado na Austrália e publicado no periódico Conservation Biology, em setembro, mostra que as tartarugas verdes estão ingerindo cada vez mais detritos humanos, incluindo produtos de plástico que podem ser letais.
A pesquisa levou em conta textos científicos sobre a ingestão de lixo humano no oceano por tartarugas marinhas desde 1985 e concluiu que há registro da ingestão de detritos em seis das sete espécies de tartarugas marinhas do mundo. Todas listadas como espécies vulneráveis ou em perigo. Foram analisados 37 estudos publicados de 1985 a 2012 com informações coletadas de 1900 até 2011. Os resultados mostram que tartarugas em quase todas as regiões ingerem detritos, sobretudo o plástico.
Tratamento de resíduos sólidos será tema da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente
Terá início na próxima quinta-feira, dia 24, a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente. Realizada em Brasília, a conferência irá discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos no país.
Após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o debate sobre o fim dos lixões e o aumento da reciclagem ganhou força. Atualmente, o Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. O grande desafio da conferência é pensar alternativas para mudar esse quadro e cumprir uma das principais metas da PNRS - instituída pela Lei 12.305, de 2010 - que é fechar todos os lixões até 2014. Durante o encontro, será produzido um documento com as 60 ações prioritárias sobre o tema. A 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente termina no domingo, 27.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Relatório do Ipea revela que preconceito racial ainda é grande no Brasil
O tema não está relacionado a Meio Ambiente, mas merece total atenção. Boletim divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que as chances de um negro ser vítima de homicídio é oito pontos percentuais maior do que a de um branco, mesmo quando se trata de indivíduos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes. DE acordo com o boletim, a cada três assassinatos ocorridos no Brasil, dois são de negros. Somando-se a população residente nos 226 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, calcula-se que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.
Os dados estão no artigo Segurança Pública e Racismo Institucional, de autoria do pesquisador do Ipea Almir de Oliveira Júnior e da acadêmica de Direitos Humanos da Unb Verônica Couto de Araújo Lima, publicado na quarta edição do Boletim de Análise Político-Institucional(Bapi). Os autores fizeram ainda uma análise do racismo institucional dentro das polícias e concluíram que há um fracasso coletivo das instituições em promover um serviço profissional e adequado às pessoas por causa da sua cor. A pesquisa indica ainda que os negros são maiores vítimas de agressão por parte de policiais do que os brancos.
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Poluição do ar é cancerígena, diz OMS
De acordo com a Organização Mundial da Saúde(OMS) a poluição do ar é a principal causa ambiental do câncer em humanos. A constatação é fruto de estudos realizados pela Agência Internacional para Pesquisas do Câncer (IARC), órgão da OMS, após revisão das mais recentes literaturas científicas disponíveis sobre o tema.
Segundo os especialistas da IARC, a exposição à poluição atmosférica causa câncer de pulmão e há indícios positivos da ligação com o aumento no risco de câncer de bexiga. É a primeira vez que a poluição do ar é classificada como cancerígena para os humanos. O material particulado, um dos principais componentes da poluição atmosférica, foi avaliado separadamente e também classificado como carcinogênico. As pesquisas mostram ainda que os níveis de exposição aumentaram muito nos últimos anos especialmente nos países em rápida industrialização. Em 2010, 223 mil mortes por câncer de pulmão ao redor do mundo tiveram como causa a poluição do ar. As conclusões do grupo de trabalho se aplicam para todas as regiões do mundo.
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